Ficção
Incensam-se perfumes
e aromas e brisas,
sobre os corpos suados
sei do calor das velas
porque o sinto
expulso em chamas
sopradas em sussurros ao ouvido
sopradas nos gestos,
sopradas nas gotas
em que se desenham traços
e se contornam formas,
e nos lençóis alvos
à contraluz
as silhuetas da volúpia
os corpos enredados
no mar revolto
não estão lá
ou talvez estejam
já não sei
e aromas e brisas,
sobre os corpos suados
sei do calor das velas
porque o sinto
expulso em chamas
sopradas em sussurros ao ouvido
sopradas nos gestos,
sopradas nas gotas
em que se desenham traços
e se contornam formas,
e nos lençóis alvos
à contraluz
as silhuetas da volúpia
os corpos enredados
no mar revolto
não estão lá
ou talvez estejam
já não sei
perde o medo
perde-o!
na carne pecadora
troca o destino
pela rota despudorada,
em que se abram os mares
queimados de suor
eis que dançam dois corpos
na loucura da espuma
encimam as ondas
os sonhos
e o leito da paixão.
Não te sei seres alguém
Sei que te creei
apenas em imaginação
mas perde o medo
perde-o!
talvez eu esteja enganado
e no medo perdido
tu existas
e se exaura a ficção.
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