De recordações somos feitos e construídos e os lugares repositórios dos momentos que vivemos.
Sabemos assim ser, porque um dia edificamos mais um pouco daquilo que somos hoje e a autodestruição não faz parte do nosso ser, por isso não esquecemos; Só recordamos o que queremos...
O tempo é um mero factor relativo neste campo, o mais importante é de verdade o coração. Lirismo ou realidade?
Sabemos assim ser, porque um dia edificamos mais um pouco daquilo que somos hoje e a autodestruição não faz parte do nosso ser, por isso não esquecemos; Só recordamos o que queremos...
O tempo é um mero factor relativo neste campo, o mais importante é de verdade o coração. Lirismo ou realidade?
5 Comentários:
Realidade Morpheu...
Somos capazes de coisas odiondas, o ser humano é assim.
A parte que vc diz que só recordamos o que queremos...simplifica o que eu penso,
somos odiosos, escuros e traiçoeiros...
Ou pelo parte de nós...
Não sei se seremos assim tão activos nesse processo de não esquecer e de recordar apenas o que deveríamos.
No seu desenrolar, o tempo propõe-nos outros miradouros dos quais poderemos admirar os nossos factos transformados em memória.
O coração aprende a bater de maneira diferente, conforme o peito onde mora e o uso que lhe dão.
O que eu pretendia realçar sobre o recordar ou não os factos e momentos que constroem aquilo que somos não era pela parte activa de querermos ou não recordar mas precisamente pelo domínio do subconsciente no processo em causa. Acho que não devemos negar aquilo de que somos feitos e por muito que tentemos o que realmente é importante nunca desaparece porque fica, independentemente do tempo, porque o coração e a alma são selectivos e nesse processo vai-se gerando tudo o que somos.
Sobre tudo isto ocorrem-me sempre as imagens do "Eternal sunshine of the spotless mind".
Sim, esse filme (um dos meus filmes preferidos escrito pelo génio Charlie Kaufman ;) ) mostra a inexplicabilidade do amor numa versão pouco encantada e cor-de-rosa, inusual, comparativamente às abordagens mais que batidas. O que mais me impressionou nesse filme foi a reflexão sobre o quotidiano de uma relação. Aconselho-o muitas vezes, pois dentro da sua narrativa muito bem traçada mora uma mensagem bonita e positiva.
"Joel: [talking to Clementine in the train] Sorry, I'm just... trying to be nice. "
Mas estava aqui a pensar que frequentemente me revolto com o subconsciente, porque há coisas que não dá mesmo jeito lembrar. E é certamente por serem importantes que nadam naquele limbo entre o interiorizado e submerso e as lembranças que espreitam à superfície.
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