< Miradouro da alma

16 novembro 2005



Há-de flutuar uma cidade no crepúsculo da vida
pensava eu…como seriam felizes as mulheres
à beira -mar debruçadas para a luz caiada
remendando o pano das velas espiando o mar
e a longitude do amor embarcado

por vezes
uma gaivota pousava nas águas
outras era o sol que cegava
e um dardo de sangue alastrava pelo linho da noite
os dias lentíssimos …sem ninguém

e nunca me disseram o nome daquele oceano
esperei sentada à porta …dantes escrevia cartas
punha-me a olhar a risca do mar ao fundo da rua
assim envelheci…acreditando que algum homem ao passar
se espantasse com a minha solidão.

Al Berto

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